quarta-feira, 1 de junho de 2011

Uma empresa nova, que há alguns anos

seria difícil de encontrar no Brasil, é a Mobilicidade, de Recife, focada em criação de soluções de TI em mobilidade sustentável. A companhia surgiu como um braço da Serttel, uma operadora de serviços de mobilidade urbana, como semáforos, estacionamentos. O projeto mais badalado da empresa é o Samba, sistema de aluguel de bicicletas do Rio de Janeiro, baseado no Vélib, da França. A Mobilicidade criou o sistema pelo qual os usuários podem se cadastrar na internet e fazer uma compra de créditos; aí é só chegar à estação e ligar para um número de telefone fornecido por eles que a bicicleta será destravada. Além do sistema de aluguel de bicicletas, que também está disponível em Blumenau e João Pessoa, a empresa criou estacionamentos públicos em cidades como Recife e Guarulhos. “Como operadora de trânsito, começamos a perceber, na Serttel, os problemas das grandes cidades. A Mobilicidade serviu para tentar criar novas soluções para essas questões”, diz Ângelo Leite, presidente e sócio-fundador das duas empresas. A inovação traz um risco: nem todos projetos podem dar certo. Mas, por meio da participação em editais e concursos, a empresa conseguiu dividir esses custos com as agências de fomento à inovação. Não que tudo seja fácil. “No país, existe uma dificuldade grande para criar um empreendimento, seja ele verde ou não. Quem parte para um negócio sustentável pode ter mais dificuldade, porque tem que convencer o banco de que aquele produto novo terá demanda”, explica André. Mas, aos poucos, essas dificuldades vão diminuindo de tamanho. O próprio New Ventures é uma prova de que o mercado está de olho nas soluções
verdes criadas pelas empresas.

Apesar dos casos de sucesso, muita gente ainda assume que produtos verdes custam mais e não combinam com empreendedorismo. Um engano. “O verde, feito da forma correta, pode ajudar as empresas a lucrar, reduzir custos de operação e ganhar uma marca mais forte”, diz Gil Friend, autor do livro The Truth About Green Business (“A verdade sobre as empresas verdes”, inédito no Brasil). Para o negócio dar certo, empreendedorismo e preocupação com o ambiente devem andar de mãos dadas. “Tornar-se verde não é apenas ajudar o planeta, mas ajudar todas as pessoas com quem dividimos o planeta”, afirma Glenn Croston. Produtos e serviços que colaborem para que cada pessoa diminua seu impacto na natureza são cada vez mais necessários e estão se tornando, por sorte, cada vez mais comuns. Afinal, com eles, todos ganham: os consumidores, os empreendedores, o mundo em que vivemos.

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