sábado, 2 de julho de 2011

As suas compras podem ser muito mais sustentáveis


A Semana da Sustentabilidade está aí, e o Carrefour apoia a causa. Durante esta semana, o Grupo Carrefour ofereceu diversas atividades aos seus clientes, ensinando-os sobre melhores práticas de consumo sustentável. As suas compras podem ser mais conscientes, a partir da mudança de hábitos e comportamento de consumo. Selecionamos algumas dicas para norteá-lo sobre o assunto, afinal, pequenas atitudes que fazem toda a diferença.
Não utilize sacolas plásticas. Leve a sua própria sacola retornável/pano ou caixas de papelão quando fizer compras no supermercado e na feira. Dessa forma, você evita o desperdício e reduz a quantidade de lixo na sua casa.
Escolha produtos naturais que já vêm prontos da fábrica, sem custos ambientais ou uso de recursos naturais exorbitantes.
Mantenha o consumo consciente em todos os setores de compra no supermercado, inclusive com roupas. Para decorar sua casa, visite lojas especializadas em artesanato, onde artistas trabalham com materiais naturais, reciclados ou reaproveitados.
Prefira os produtos orgânicos, que não contêm agrotóxicos. Eles são mais saudáveis para quem consome e também para quem produz.
Se estiver construindo ou reformando a sua casa, dê preferências aos materiais ecológicos, que não prejudicam o meio ambiente.
Acesse o site do Grupo Carrefour e saiba como aprender um pouco mais sobre Sustentabilidade e Meio Ambiente.
Você conhece outras dicas para tornar os seus hábitos e compras mais sustentáveis? Mande para nós as suas dúvidas, dicas e sugestões. Participe!

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Pesquisadores apresentam novo método para reciclagem de resíduos



Um novo método para aproveitamento dos resíduos de construção civil e demolição (RCD), 50% mais barato e com consumo de energia 80% menor. Esse é o principal resultado de um estudo realizado por pesquisadores da Escola Politécnica da USP (Poli/USP), do Centro de Tecnologia Mineral (Cetem) e da Universidade Federal de Alagoas (UFAL).

O novo método dispensa a britagem do material a ser reciclado, o que barateia o processo e torna viável a instalação de pequenas usinas de reaproveitamento dos RCD. O método é tão inovador, que está sendo patenteado.

Segundo o professor Vanderley John, do Departamento de Engenharia de Construção Civil da Poli, um dos integrantes da equipe que realizou o estudo, a tecnologia desenvolvida possibilita que usinas de reciclagem simplifiquem a produção de matéria-prima para bases e sub-bases de pavimentação a partir de resíduos da construção civil.

“Atualmente, a reciclagem de RCD passa necessariamente pela britagem (quebra dos resíduos em pedaços pequenos, com no máximo 63 milímetros de diâmetro)”, explica.

“Isso encarece o processo, pois o britador representa mais da metade do investimento total da montagem de uma usina de reciclagem. O novo método reduz os investimentos iniciais e simplifica a operação das centrais de reciclagem, o que torna viável um maior número de centrais de reciclagem públicas ou privadas.”

Aplicações:

A nova tecnologia está baseada nos resultados de uma pesquisa com amostras representativas de resíduos coletados em três cidades: Macaé (RJ), Maceió (AL) e São Paulo (SP). “Coletamos 20 toneladas de resíduos dessas três cidades”, explica John. “E constatamos que cerca da metade dos resíduos tinha tamanho inferior a 63 milímetros; ou seja, poderiam ser aplicados diretamente na composição de pavimentos, sem necessidade da britagem”, acrescenta.

Esta constatação levou a equipe a propor uma forma extremamente simples de transformar resíduos em agregados: separação manual do material indesejável ao processo, seguido de peneiramento na bitola de 60 mm e de uma nova remoção manual dos contaminantes (madeira, papel, cerâmica), remanescentes da fração abaixo de 63 mm, que será comercializada como agregado de pavimentação.

Segundo John, o novo método poderá ser aplicado em ambientes urbanos e adotado por prefeituras, cooperativas ou empreendimentos privados.

“A redução dos investimentos iniciais, dos custos e da complexidade de operação facilita a introdução da reciclagem, inclusive porque reduz os riscos. Assim, esperamos que essa tecnologia possibilite a ampliação do número de usinas e a margem de lucro desse novo negócio”, ressalta.

Em conseqüência, evita-se a deposição ilegal desses resíduos nas margens de ruas e rios, reduzindo os impactos ambientais, além de minimizar os gastos das prefeituras com a gestão deles.

A nova tecnologia tem várias outras vantagens, a exemplo da redução do consumo de energia elétrica (60 a 80%) em relação ao sistema de reciclagem tradicional com britagem.

“O novo método também torna possível a implantação das usinas nas proximidades do mercado consumidor, o que significa menores distâncias de transporte, que corresponde a dois terços do preço final do produto”, diz.

Outra vantagem é que o sistema reduz de forma significativa a emissão de material particulado e principalmente de ruídos na operação de britagem. Assim, alternativas de desenvolvimento sustentável são incentivadas.

Além do professor Vanderley John, entre os pesquisadores da Poli também participaram da pesquisa o professor Artur Pinto Chaves e a pesquisadora Carina Ulsen, ambos do Departamento de Engenharia de Minas e de Petróleo, e os pesquisadores Francisco Mariano Sérgio Ângulo (atualmente no do IPT).

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Como explicar a reciclagem às crianças



Primeiro ensinando-as como selecionar o lixo e onde devemos depositá-lo. Os resíduos podem ser separados em 5 grupos: o de papel, vidro, plástico, restos de comida, e outros mais orientados ao óleo, brinquedos, pilhas, etc. Existem cinco tipos de lixeiras onde devemos jogar o lixo:

1- Lixeira azul: destinado para papel e papelão.2- Lixeira verde: destinado para vidros, cristal.3- Lixeira vermelha: para as embalagens de plástico e briks , fora os de metal.4- Lixeira amarela: para as embalagens de metal e aço.5- Lixeira marrom: para os restos de comida, ou seja, para a matéria orgânica e também para outro tipo de restos como as plantas, tampas de cortiça, telas, terra, cinzas, pontas de cigarro, etc.6- Lixeiras complementares: para jogar restos de óleo, brinquedos quebrados e pilhas.  Por que temos que reciclarÉ necessário explicar passo a passo porque temos que reciclar. As crianças precisam saber o porque das coisas para fazê-lo. É necessário fazê-las entender que a reciclagem existe para evitar a destruição do nosso meio ambiente. Agora que você já sabe tudo sobre reciclagem, já pode imaginar quanto lixo podemos reutilizar! Assim poupamos energia e matéria prima e ainda não poluímos o planeta.Atualmente, o lixo é problema mundial. Todos os dias acumulamos toneladas de lixo que são levados para aterros sanitários, mas o problema é que o planeta já não suporta esta quantidade de detritos e além disto muitos materiais levam muito tempo para se decomporem. Veja na tabela abaixo quanto tempo demora a decomposição do vidro!* Papel: de 2 a 4 semanas* Palitos de fósforos: 6 meses* Papel plastificado: de 1 a 5 anos* Chicletes: 5 anos* Latas: 10 anos* Couro: 30 anos* Embalagens de plástico: de 30 a 40 anos* Latas de alumínio: de 80 a 100 anos* Tecidos: de 100 a 400 anos* Vidros: 4.000 anos* Pneus: indefinido* Garrafas PET: indefinido

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Goiânia integra maior projeto pós-consumo de reciclagem do País Compartilhe



Goiânia passa a integrar o maior projeto pós-consumo de reciclagem do Brasil: o Reciclanip, voltado para coleta e destinação de pneus inservíveis. Graças a convênio assinado na manhã de hoje, 13, entre o poder executivo, através da Agência Municipal do Meio Ambiente (Amma), a Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos (Anip), e a empresa JLS Transporte, as 300 toneladas de pneus sem valor comercial acumuladas mensalmente na cidade, agora terão descarte responsável.
A partir da instalação de dois pontos de coleta, um no Parque Oeste e outro no Jardim Guanabara, cria-se na Capital uma nova cadeia produtiva, fomentando a economia por meio de geração de empregos, impostos e estímulo à produção industrial sem desrespeitar o meio ambiente. Outros cinco locais, ainda não definidos, também serão contemplados com os eco-pontos - nome dado aos lugares destinados ao recebimento dos pneus sem condições de uso.
"Dois depósitos serão insuficientes. A meta é chegar a sete. O mesmo número de administrações regionais (subprefeituras) que a cidade terá", afirmou o prefeito de Goiânia, Iris Rezende (PMDB), durante assinatura do termo de cooperação mútua, na sede da Amma, no Setor Central. Também legitimaram o documento, o vice-prefeito da cidade, Paulo Garcia (PT), os presidentes da Amma, Clarismino Pereira Júnior; da Câmara Municipal de Goiânia, Francisco Júnior; da Comissão de Meio Ambiente da Câmara, Agenor Mariano, a gerente-geral do Reciclanip, Renata Murad e o representante da empresa JLS Transporte, Jorge dos Anjos Nascimento.
Além desses, os secretários municipais de Saúde, Paulo Rassi, de Educação, Márcia Carvalho, e o presidente da Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg), Wagner Siqueira. Assinaram ainda, os vereadores Clécio Alves (PMDB), Negro Jobs (PSL), Bruno Peixoto (PMDB), Célia Valadão (PMDB), Tiãozinho do Cais (PR) e Iram Saraiva (PMDB).
"Com essa ação, Goiânia se livrará da presença de um dos criadouros do mosquito da dengue (Aedes Aegypti)e da extrema poluição causada pela demora na decomposição desses resíduos na natureza. Agora, daremos destinação definitiva para esse problema", disse o presidente da Amma, Clarismino Júnior, ao ressaltar a importância do convênio, logo após a validação da parceria. "O progresso traz preocupações. A população precisa se acautelar para que isso não signifique um desastre profundo para as futuras gerações", ponderou, em seguida, Iris Rezende.
Conforme Renata Murad, o programa existe em Goiânia desde 2002. Além da formalização do convênio, o evento na Amma marcou a criação do segundo ponto de coleta de pneus inservíveis na Capital do Estado.
Reutilização - No Programa Nacional de Coleta e Destinação de Pneus Inservíveis implantado pela Anip, o material recolhido nos eco-pontos é utilizado como combustível alternativo de cimenteiras em substituição ao carvão choque, para fabricação de percintas em indústrias moveleiras, solas de sapato, dutos de água pluviais, confecção de artefatos como tapetes de automóvel, pisos industriais e vasos.
Além disso, o pó da borracha proveniente dos pneus é misturado à massa asfáltica para aumentar a vida útil do asfalto, diminuir ruídos e aumentar a segurança dos condutores nas rodovias. A destinação preferencial dos pneus recolhidos em Goiânia é o forno da indústria de cimento da cidade de Cezarina. "Oitenta por cento dos pneus seguem a via de co-processamento em fornos de cimento e 20% são para extração de aço para a indústria siderúrgica. Já borracha é utilizada para a produção de artefatos, como tapetes, rodinha de supermercado e outros", disse a gerente-geral do Reciclanip.
Inspirado em modelos aplicados há 10 anos nos Estados Unidos e União Européia, de março de 2007 ao primeiro semestre de 2008, o Reciclanip reciclou 898 mil toneladas de pneus. Número que corresponde a 180 milhões de unidades ou 117 mil quilômetros lineares do material. Isso permitiu que nove milhões de metros cúbicos de aterro não fossem ocupados e gerou economia de US$ 64 milhões. Apenas em 2008, 24 milhões de pneus de passeios foram reutilizados.
O programa está em 340 pontos de coleta, distribuídos em 21 Estados brasileiros. "Goiânia é muito importante dentro do nosso programa pelo mote ambiental da cidade", declarou Renata Murad. No Estado, há eco-pontos também em Anápolis, Catalão, Ceres, Goiatuba, Itapuranga, Itumbiara, Jataí, Quirinópolis, São Simão e Vianópolis.
Coleta Seletiva - De acordo com prefeito Iris Rezende, a inserção de Goiânia entre os pontos de coleta do Reciclanip é uma importante ação do poder executivo municipal dentro da proposta de trazer à Capital goiana o título de cidade com melhor nível de limpeza urbana em todo o Brasil. "Faremos um mutirão de criação da mentalidade da limpeza para que Goiânia se torne a cidade mais limpa do Brasil", destacou o chefe do executivo depois de defender participação efetiva da população e dos órgãos de governo.
"É um trabalho conjunto. Por exemplo, caberá à Secretaria Municipal de Educação, conscientizar as mais de 140 mil crianças da rede sobre a importância da conservação do meio ambiente, à Secretaria de Saúde, mostrar às pessoas o quanto a retirada desses pneus pode ajudar no combate a dengue", exemplificou. O próximo passo da prefeitura nesse sentido é a pulverização do programa "Goiânia Coleta Seletiva", criado em abril do ano passado com o propósito de reaproveitar materiais beneficiados como matéria-prima para um novo produto.
Nele, a coleta seletiva é feita por meio da separação dos resíduos em apenas dois recipientes: um de materiais recicláveis e um de orgânicos e demais resíduos. "O programa de coleta seletiva que inauguraremos aumentará a renda e dignificará o trabalho dos catadores", disse Iris. O programa, que está sendo implantado gradualmente e se estenderá a todos os bairros da capital, começou com um projeto piloto no bairro Jardim América, o primeiro beneficiário das ações de coleta seletiva. O setor recebe uma rota exclusiva de um caminhão de recolhimento, pontos de entrega voluntária, além de equipes de educação ambiental, orientadas pela Amma.
A Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) disponibilizou cinco caminhões que recolhem todo o material reciclável. A população pode utilizar, também, como alternativa de descarte, os ‘Pontos de Entrega Voluntária’ (PEVs), localizados em qualquer escola municipal e em algumas empresas. Inicialmente foram implantados 150 unidades de PEVs. O objetivo é incentivar a educação ambiental e em troca a administração municipal coletará os materiais recicláveis e providenciará um destino correto aos mesmos. Dados da Comurg apontam que das 34 mil toneladas de lixo produzidas pela Capital todos os meses, cerca de 30% podem ser reciclados.
Homenagem - Além da assinatura do acordo de cooperação entre a prefeitura de Goiânia e o programa Reciclanip, foi inaugurado na manhã de hoje o auditório da Agência, cujo nome homenageia o ambientalista Leolídio di Ramos Caiado. Antes de descerrar a placa, o prefeito de Goiânia lembrou a importante trajetória do cidadão, falecido no dia 10 de junho do ano passado, e adiantou que um parque da cidade também levará o nome de Leolídio.
"É a homenagem de Goiânia a um homem que fez a diferença. Um apaixonado pela natureza. Defensor intransigente mesmo quando pouca se preocupava com o meio ambiente", afirmou na presença da viúva do ambientalista, Silvia Caiado. "Era um ambientalista de resultados. Nada mais justo que homenageá-lo com um ato concreto", completou Clarismino. O auditório temcapacidade para 125 pessoas em um espaço de 152.44 m2. Leolídio nasceu na Cidade de Goiás, no dia 27 de julho de 1921, e participou das expedições Roncador - Xingu e Hermano Ribeiro.

terça-feira, 28 de junho de 2011

PROJETO MEIA PONTE

                          A reciclagem que dá certo

O projeto Meia Ponte foi iniciado em 1997, com o objetivo de desenvolver atividades que possibilitassem uma melhoria das condições de vida da população, numa perspectiva que integrasse os problemas ambientais, de pobreza e de desemprego.
Foi implantado pelo Instituto Dom Fernando, entidade criada pela Sociedade Goiana de Cultura, cujo objetivo é capacitar a população da região para um trabalho profissional de qualidade e melhorar sua condição de competitividade no mercado. Vem sendo implemen-tado em cinco setores da região leste de Goiânia, onde já está funcionando um sistema de coleta seletiva. Lá são desenvolvidas diversas atividades como os programas de reaproveitamento e reciclagem de materiais, horto de plantas medicinais e escola de circo, entre outras.
PROGRAMAS DE RECICLAGEM E REAPROVEITAMENTO
NÚCLEO INDUSTRIAL DE RECICLAGEM – NIR
O NIR é uma usina montada para triar os resíduos coletados ( hoje já bem seletivamente) e vender a sucata e/ou industrializar alguns produtos. Esta usina não apenas separa e vende os materiais, como também industrializa alguns produtos, como é o caso da telha fibro asfáltica, na Unidade Industrial de Telha. Além dessa unidade, apresenta mais outras três: Unidade Industrial de Plástico (classifica, prensa e embala para a venda e/ou processa até a forma de grânulos PEAD e PEBD), Unidade de Sucata (prensagem e moagem de sucatas de metal: ferroso e não ferroso e vidros) e a Unidade de Vermicultura e Compostagem (cria minhocas e processa composto orgânico).
COOPREC
A COOPREC é a Cooperativa de Reciclagem Responsável pelo gerenciamento e execução dos trabalhos no NÚCLEO INDUSTRIAL DE RECICLAGEM. A Cooperativa conta com 50 cooperados, moradores dos setores de abrangência do projeto, que foram capacitados e treinados em parceria com o SEBRAE.
A telha fibro asfáltica é fabricada a partir da reciclagem de papéis e papelão e submetidas a um processo de impermeabilização com betume. É de fácil transporte, armazenamento e instalação, possuindo flexibilidade que evita o surgimento de rachaduras, além de resistir a ação do tempo e mofo, ser atóxica e um ótimo isolante térmico e acústico. É produzida em dois diferentes tamanhos.
Todas as unidades que compõem o Projeto Meia Ponte estão abertas à visitação, mediante contato prévio.
FONTE: Matéria publicada no Informativo Recicloteca Nº8 - janeiro, fevereiro e março de 1999

CONTATOS EM GOIÂNIA (GO):


Instituto Dom FernandoTel: (62) 3946-1104 - Fax: (62) 3946-1100 - e-mail: idf@ucg.br
1ª Avenida, 656, setor Universitário
Caixa Postal 86 – CEP 74605-020
COOPRECTel: (62) 3208-4350
Trav. Xingu s/n – Jardim Conquista
CEP 74001-970

Sociedade Goiana de Cultura / Universidade Católica de Goiás
Av. Bela Vista, km 2 - s/no
Campus II da Universidade Católica de Goiás
74860-210 - Goiania - GO - Tel.: (062) 2227-1009

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Aprendendo a reciclar o lixo em casa

As pessoas só se preocupam com seus dejetos quando seu próprio lixo fica apodrecendo na frente de casa, causando mau cheiro e atraindo insetos. Porém, é importante ressaltar que o problema do lixo é muito maior. Mesmo quando a coleta funciona, ele não desaparece. É apenas levado para outro local, onde precisa receber tratamento adequado para evitar danos maiores à nossa saúde e ao meio-ambiente.
O lixo que geramos hoje é composto por muitas embalagens de plástico, caixas de papel, isopor e latas - materiais que a natureza não consegue decompor, mas que podem ser reciclados e reutilizados, diminuindo assim o impacto ambiental. Mas a realidade, infelizmente, é bem diferente do ideal.
Essa situação não pode continuar e muito menos se agravar. É preciso que façamos a nossa parte, que modifiquemos alguns de nossos hábitos. E essa mudança tem que partir de todas as esferas sociais, através de uma educação ambiental ensinada dentro de casa.
Por exemplo: se a filha observa a mãe jogando o óleo que restou da fritura no ralo da pia da cozinha, provavelmente seguirá o mesmo exemplo mais adiante. Ou, se um menino nunca teve que separar seu lixo quando criança, provavelmente não levará essa prática para o seu lar depois de casado.
Mude, separe o lixo que for reciclável do orgânico e, caso na sua rua não tenha coleta seletiva, leve o que pode ser reutilizado até os pontos de coleta. Hoje, muitas redes de supermercado já oferecem esse serviço. Faça o mesmo com o óleo de cozinha.
Informe-se, entre em contato com as instituições que fazem reciclagem, divulgue suas iniciativas para a vizinhança e para o bairro onde você mora. Mudar não é fácil, exige determinação e pode ser trabalhoso, mas o resultado é compensador.

sábado, 25 de junho de 2011

PNEU

O Brasil produz cerca de trinta e dois bilhões de pneus por ano. Quase um terço disso é exportado para 85 países e o restante roda nos veículos nacionais. Mesmo sendo hoje manufaturados para oferecer o dobro da resistência de 15 anos atrás, o número de pneus descartados anualmente continua a crescer, devido tanto ao aumento da quantidade de veículos nas ruas, quanto às distâncias percorridas a cada ano.
Apesar do alto índice de recauchutagem no País, que prolonga a vida do pneu em 40%, a maior parte deles, já desgastada pelo uso, acaba parando em lixões à beira de rios e estradas, e até no quintal das casas onde acumulam água que atrai insetos transmissores de doenças.
Os pneus e câmaras de ar consomem cerca de 70% da produção nacional de borracha e sua reciclagem é capaz de devolver ao processo de produção insumo regenerado por menos da metade do custo da borracha natural ou sintética. Além disso, economiza energia e poupa petróleo usado como matéria-prima virgem e até melhora as propriedades de materiais feitos com borracha.
No Rio de Janeiro, os pneus e artefatos de borracha em geral correspondem a 0,5% do lixo urbano. Nos EUA, os pneus correspondem a 1% dos resíduos.
O percentual de sucata de pneus que vai para o mercado de reaproveitamento aumentou dramaticamente nos últimos oito anos. Os três maiores mercados para pneus usados são: combustível, engenharia civil e borracha para revestimento de áreas de lazer e esporte.
A trituração dos pneus para uso na regeneração da borracha, mediante a adição de óleos aromáticos e produtos químicos desvulcanizantes é um dos principais mercados para a reciclagem desse material. Com a pasta resultante deste processo, as indústrias produzem tapetes de automóveis, solados para sapato, pisos industriais e borracha de vedação, entre outros.
Os pneus inteiros são reutilizados em pára-choques, drenagem de gases em aterros sanitários e produtos artesanais. No Brasil, as carcaças são aproveitadas como estrutura de recifes artificiais no mar visando o aumento da produção pesqueira.
É possível recuperar energia com a queima de pneus velhos em fornos controlados - cada pneu contém a energia de 9,4 litros de petróleo. No Brasil, calcula-se que existam 500 mil pneus disponíveis para utilização para utilização como combustível proporcionando economia de 12 mil toneladas de óleo.
Cerca de 10% das 300 mil toneladas de sucata disponíveis no Brasil para obtenção de borracha regenerada são de fato recicladas, segundo dados da empresa Relastomer. Não há dados no Brasil sobre a taxa referentes as demais formas de reciclagem de pneus. Sabe-se, porém, que os chamados “carcaceiros” recuperam mais de 14 milhões de pneus por ano, sob diversas formas. Os EUA, que geram 275 milhões de pneus velhos, têm em estoque cerca de 3 bilhões de carcaças.
A queima a céu aberto, que gera fumaça negra de forte odor (dióxido de enxofre) é proibida em vários países, inclusive no Brasil. Dispostas em lixões, aterros ou outros locais abertos, as carcaças atraem roedores e mosquitos transmissores de doenças. Às vezes, devido a problemas de compactação, pequenos pedaços de pneus aterrados podem voltar a superfície. Algumas cidades proíbem a colocação de carcaças em aterros.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Carros reciclados vão a votos

Os carros feitos a partir do reaproveitamento de material usado e da autoria dos alunos do ensino básico vão a votos para eleger o melhor.



A votação está disponível até dia 31 de Janeiro e destina-se a eleger o melhor “carro reciclado” entre os 11 projectos finalistas do concurso “Reutilizar para Ganhar”, lançado pela Toyota.

Os “engenheiros” dos modelos foram os alunos do ensino básico que construíram os exemplares dos automóveis através do reaproveitamento de material usado.


Cabe ao público escolher o melhor projecto e o mais criativo, o qual vai receber o prémio de Vencedor Nacional que, este ano, entre outros vai levar os seus autores a participar numa acção de reflorestação, no âmbito do projecto da Marca "Um Toyota, uma Árvore", numa área ainda a definir.



quinta-feira, 23 de junho de 2011

LATA DE ALUMÍNIO

A lata de alumínio é usada basicamente como embalagem de bebidas. Cada brasileiro consome em média 25 latinhas por ano, volume bem inferior ao norte americano, que é de 375. Além de reduzir o lixo que vai para os aterros, a reciclagem desse material proporciona significativo ganho energético. Para reciclar uma tonelada de latas, gasta-se 5% da energia necessária para produzir a mesma quantidade de alumínio pelo processo primário. Isto significa que cada latinha reciclada equivale ao consumo de um aparelho de TV durante 3 horas. A reciclagem evita a extração da bauxita, o mineral beneficiado para a fabricação da alumina, que é transformada em liga de alumínio. Cada tonelada do metal exige cinco de minério.

No Brasil, a lata de alumínio corresponde a menos de 1% dos resíduos urbanos. Nos EUA, essas embalagens representam cerca de 1% do lixo - 500 mil toneladas por ano. Depois de coletadas, as latas de alumínio vazias são amassadas por prensas especiais, algumas delas computadorizadas, que fornecem o ticket com o valor referente à quantidade entregue. O material é enfardado pelos sucateiros, cooperativas de catadores, supermercados e escolas e repassado para as indústrias de fundição. Em seus fornos, as latinhas são derretidas e transformadas em lingotes de alumínio. Esses blocos são vendidos para fabricantes de lâminas de alumínio que por sua vez comercializam as chapas para a indústria de lata.
O material pode ser reciclado infinitas vezes sem perda nenhuma de suas características. Com a evolução desse processo, já é possível que uma lata de bebida seja colocada na prateleira do supermercado, vendida, consumida, reciclada, transformada em nova lata, envasada, vendida e novamente exposta na prateleira em 42 dias.
Em 1996, o Brasil reciclou cerca de 2,5 bilhões de latas de alumínio, que representa 41 mil toneladas. O material é recolhido e armazenado por uma rede de aproximadamente 2 mil sucateiros, responsáveis por 50% do suprimento de sucata de alumínio à indústria. Outra parte é recolhida por supermercados, escolas, empresas e entidades filantrópicas. O mercado brasileiro de sucata de latas de alumínio movimenta US$ 45 milhões por ano. As latas corresponderam a 43% das 100 mil toneladas de sucata de alumínio disponíveis para reciclagem em 1996. Nos EUA, o negócio envolve 10 mil postos de coleta e gira US$ 2,5 milhões por dia. Com liga metálica mais pura, essa sucata volta em forma de lâminas à produção de latas ou é repassada para fundição de autopeças. Estima-se que a partir de 1997 a reciclagem atingirá economia de escala suficiente para permitir o retorno financeiro sob forma de barateamento de custo de produção.
Cerca de 61% da produção nacional de latas são reciclados. Em 1996, o índice foi de 61%. Os números brasileiros superam países industrializados como Japão (57%), Inglaterra (23%), Alemanha (22%) e Itália (22%). Os EUA recuperam 63%, o que equivale a 62 bilhões de latas por ano.
A lata de alumínio é o material mais valioso. O preço pago por uma tonelada varia de US$500 a US$750 - o quilo equivale a 62 latinhas e vale 10 vezes mais que o quilo do papel. Os avanços tecnológicos ajudaram a desenvolver o mercado: há 25 anos, com um quilo de alumínio reciclado era possível fazer 42 latas de 350ml. Hoje, a indústria consegue produzir 62 latas com a mesma quantidade de material, aumentando a produtividade em 47%.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Lápis de material reciclado

A preocupação com a sustentabilidade está cada vez mais ganhando seu devido espaço, inclusive em coisas pequenas. A loja on-line da Abe’s Market especializada em artigos ecológicos e naturais, está vendendo um kit de lápis feitos com reciclagem de jornal, um dos maiores vilões que geram lixo.

O artesão enrola o jornal reciclado no grafite até que a espessura fica de um lápis, o preço é de $ 13,50 na Abe’s Market.

terça-feira, 21 de junho de 2011

Reuso e reciclagem da garrafa


Aproximadamente em 1988 a garrafa descartável feita com polietileno tereftalato – ou PET, como conhecemos – surgiu como opção leve e barata para substituição das pesadas e de alta manutenção, garrafas de vidro. Infelizmente, não foi lançada em conjunto com as embalagens uma solução para o recolhimento e reutilização das mesmas, muito menos reciclagem.
O Brasil produz anualmente cerca de 3 bilhões de garrafas PET, um produto 100% reciclável, mas o volume de reciclagem atualmente beira os 50%. Isso significa na prática que pelo menos 1 bilhão e meio de plástico não-biodegradável é descartado no meio ambiente por ano, o que significa algumas centenas de anos para absorção na natureza.
Existem diversos projetos de recolhimento de PET para reciclagem no Brasil, que são utilizados tanto na geração de outros produtos como brinquedos, móveis, arte e até barcos, como também são triturados e reprocessadospara darem origem a novas garrafas e outros objetos feitos com polietileno. A grande vantagem, além da óbvia preservação do meio ambiente, é o custo. Uma garrafa de polietileno reciclado custa cerca de 40% menos que a tradicional e a maneira como a reciclagem é feita elimina qualquer possibilidade de contaminação ou queda na qualidade do produto final. É uma perfeita garrafa PET, só que a matéria-prima já veio semi-pronta.

Produtos feitos com garrafa PET

Móveis feitos com PETO mais interessante dos produtos derivados, talvez seja a camiseta. É, leu certo, dá pra fazer camiseta de garrafa PET. Mas não são aquelas fantasias de escola de samba, não. Durante o processo de reciclagem, o material é moído, transformado em flocos e depois extraídas as fibras (poliester). Misturadas normalmente com igual parte de fibras de algodão, viram camisetas normais. Você pode estar usando uma agora sem saber ;-) .
Ainda existem também as mentes criativas do povo brasileiro, capazes de inventar coisas como um aquecedor de água feito com material recicladoiluminação interna aproveitando o sol e feita com garrafas PETmóveis baratos, resistentes e confortáveis feitos com garrafas e suportes para plataformas flutuantes, economizando na madeira antes utilizada. Valem cada clique.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

RECICLAGEM

O Brasil está entre os países que mais reciclam materiais. Embora a maioria das prefeituras não realize a coleta seletiva, a pobreza de boa parte da população brasileira põe a serviço da reciclagem, a baixos custos, um pequeno exército de catadores de latas, garrafas e papel. Sem contar a coleta promovida pela própria indústria, como é o caso das aparas de papel e de vidro.
Segundo o levantamento da Associação Brasileira do Alumínio (ABAL), no Brasil o índice de reciclagem de lata de alumínio para bebida gaseificada em 1996 foi de 61,3%. Em 1998, o Brasil superará os EUA, que reciclam em torno de 60%, sendo superado apenas pelo Japão, que recicla em torno de 66%. Os dados do Prolata informam que são reciclados 18% das latas de aço consumidas no Brasil, o que equivale a 108 mil toneladas por ano.

Com relação às aparas e papéis usados, os índices nacionais estão afinados com a média mundial: 37%. Deve-se ressaltar que cada tonelada de papel reciclado representa de 15 a 20 árvores adultas poupadas. A grande maioria é consumida nas regiões Sudeste e Sul.
O Brasil produz cerca de trinta e dois milhões de pneus por ano, sendo que a maior parte deles já desgastada pelo uso acaba parando em lixões. Os pneus podem ser recauchutados ou terem seus componentes utilizados em outros produtos.
O consumo de embalagens de vidro entre os brasileiros é de 5 quilos por habitante. Na França, o consumo per capita chega a 65 quilos. O Brasil recicla um terço de todo o vidro que produz, superando muitos países europeus e deverá ultrapassar os 60% nos próximos dois anos, colocando o Brasil no topo da reciclagem mundial deste item. A Associação Técnica Brasileira das Indústrias Automáticas de Vidro (ABIVIDRO) mantém 50 centros de coleta de vidro ativos em oito Estados: Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, São Paulo, Rio de janeiro, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Em relação ao PET, material usado na produção de garrafas plásticas de refrigerantes, a produção anual no País é de 3 bilhões de unidades e apenas 15% são reciclados. Nos EUA, esse total chega a 48%. Somente no Rio de Janeiro, cerca de 30% do lixo domiciliar recolhido diariamente é composto de PETs.
Alguns exemplos mostram que a situação começa a mudar em algumas cidades do Brasil. Em Curitiba, no Paraná, a Usina de Reciclagem da Unidade de Valorização de Rejeitos é responsável pelo reaproveitamento de 350 toneladas de lixo por mês __ cerca de 20% do material reciclável da cidade. O material é triado, quando são retiradas as peças ainda utilizáveis, e o restante continua na linha de reciclagem. O próximo passo é a unidade de separação, onde o lixo é dividido de acordo com o material: plástico, papel, vidro ou alumínio. Depois de totalmente separado, o lixo é prensado em fardos que serão revendidos às indústrias que vão reciclar o material.
Goiânia, em Goiás, conta com o primeiro núcleo industrial de reciclagem do País. É uma usina capaz não apenas de separar o lixo: poderá transformar o lixo orgânico em adubo e vender sucata de papel, plástico, metais e vidro. O núcleo começa funcionando com 25 toneladas diárias, em um turno, mas deverá chegar a 150 toneladas, em três turnos, quando estará processando cerca de 7% do lixo urbano de Goiânia. Ao todo, já foram aplicados no Núcleo Industrial de Reciclagem mais de R$ 1 milhão.
O Brasil produz 241.614 toneladas de lixo por dia. Desse total, 76% são depositados a céu aberto em lixões, 13% em aterros controlados, 10% são despejados em aterros sanitários, 0,9% é compostado em usinas e 0,1% é incinerado.


Composição Média do Lixo Domiciliar no Brasil

65% de Matéria Orgânica
25% de Papel
4% de Metal
3% de Vidro
3% de Plástico

domingo, 19 de junho de 2011

Goiânia integra maior projeto pós-consumo de reciclagem do País Compartilhe

Goiânia passa a integrar o maior projeto pós-consumo de reciclagem do Brasil: o Reciclanip, voltado para coleta e destinação de pneus inservíveis. Graças a convênio assinado na manhã de hoje, 13, entre o poder executivo, através da Agência Municipal do Meio Ambiente (Amma), a Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos (Anip), e a empresa JLS Transporte, as 300 toneladas de pneus sem valor comercial acumuladas mensalmente na cidade, agora terão descarte responsável.
A partir da instalação de dois pontos de coleta, um no Parque Oeste e outro no Jardim Guanabara, cria-se na Capital uma nova cadeia produtiva, fomentando a economia por meio de geração de empregos, impostos e estímulo à produção industrial sem desrespeitar o meio ambiente. Outros cinco locais, ainda não definidos, também serão contemplados com os eco-pontos - nome dado aos lugares destinados ao recebimento dos pneus sem condições de uso.
"Dois depósitos serão insuficientes. A meta é chegar a sete. O mesmo número de administrações regionais (subprefeituras) que a cidade terá", afirmou o prefeito de Goiânia, Iris Rezende (PMDB), durante assinatura do termo de cooperação mútua, na sede da Amma, no Setor Central. Também legitimaram o documento, o vice-prefeito da cidade, Paulo Garcia (PT), os presidentes da Amma, Clarismino Pereira Júnior; da Câmara Municipal de Goiânia, Francisco Júnior; da Comissão de Meio Ambiente da Câmara, Agenor Mariano, a gerente-geral do Reciclanip, Renata Murad e o representante da empresa JLS Transporte, Jorge dos Anjos Nascimento.
Além desses, os secretários municipais de Saúde, Paulo Rassi, de Educação, Márcia Carvalho, e o presidente da Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg), Wagner Siqueira. Assinaram ainda, os vereadores Clécio Alves (PMDB), Negro Jobs (PSL), Bruno Peixoto (PMDB), Célia Valadão (PMDB), Tiãozinho do Cais (PR) e Iram Saraiva (PMDB).
"Com essa ação, Goiânia se livrará da presença de um dos criadouros do mosquito da dengue (Aedes Aegypti)e da extrema poluição causada pela demora na decomposição desses resíduos na natureza. Agora, daremos destinação definitiva para esse problema", disse o presidente da Amma, Clarismino Júnior, ao ressaltar a importância do convênio, logo após a validação da parceria. "O progresso traz preocupações. A população precisa se acautelar para que isso não signifique um desastre profundo para as futuras gerações", ponderou, em seguida, Iris Rezende.
Conforme Renata Murad, o programa existe em Goiânia desde 2002. Além da formalização do convênio, o evento na Amma marcou a criação do segundo ponto de coleta de pneus inservíveis na Capital do Estado.
Reutilização - No Programa Nacional de Coleta e Destinação de Pneus Inservíveis implantado pela Anip, o material recolhido nos eco-pontos é utilizado como combustível alternativo de cimenteiras em substituição ao carvão choque, para fabricação de percintas em indústrias moveleiras, solas de sapato, dutos de água pluviais, confecção de artefatos como tapetes de automóvel, pisos industriais e vasos.
Além disso, o pó da borracha proveniente dos pneus é misturado à massa asfáltica para aumentar a vida útil do asfalto, diminuir ruídos e aumentar a segurança dos condutores nas rodovias. A destinação preferencial dos pneus recolhidos em Goiânia é o forno da indústria de cimento da cidade de Cezarina. "Oitenta por cento dos pneus seguem a via de co-processamento em fornos de cimento e 20% são para extração de aço para a indústria siderúrgica. Já borracha é utilizada para a produção de artefatos, como tapetes, rodinha de supermercado e outros", disse a gerente-geral do Reciclanip.
Inspirado em modelos aplicados há 10 anos nos Estados Unidos e União Européia, de março de 2007 ao primeiro semestre de 2008, o Reciclanip reciclou 898 mil toneladas de pneus. Número que corresponde a 180 milhões de unidades ou 117 mil quilômetros lineares do material. Isso permitiu que nove milhões de metros cúbicos de aterro não fossem ocupados e gerou economia de US$ 64 milhões. Apenas em 2008, 24 milhões de pneus de passeios foram reutilizados.
O programa está em 340 pontos de coleta, distribuídos em 21 Estados brasileiros. "Goiânia é muito importante dentro do nosso programa pelo mote ambiental da cidade", declarou Renata Murad. No Estado, há eco-pontos também em Anápolis, Catalão, Ceres, Goiatuba, Itapuranga, Itumbiara, Jataí, Quirinópolis, São Simão e Vianópolis.
Coleta Seletiva - De acordo com prefeito Iris Rezende, a inserção de Goiânia entre os pontos de coleta do Reciclanip é uma importante ação do poder executivo municipal dentro da proposta de trazer à Capital goiana o título de cidade com melhor nível de limpeza urbana em todo o Brasil. "Faremos um mutirão de criação da mentalidade da limpeza para que Goiânia se torne a cidade mais limpa do Brasil", destacou o chefe do executivo depois de defender participação efetiva da população e dos órgãos de governo.
"É um trabalho conjunto. Por exemplo, caberá à Secretaria Municipal de Educação, conscientizar as mais de 140 mil crianças da rede sobre a importância da conservação do meio ambiente, à Secretaria de Saúde, mostrar às pessoas o quanto a retirada desses pneus pode ajudar no combate a dengue", exemplificou. O próximo passo da prefeitura nesse sentido é a pulverização do programa "Goiânia Coleta Seletiva", criado em abril do ano passado com o propósito de reaproveitar materiais beneficiados como matéria-prima para um novo produto.
Nele, a coleta seletiva é feita por meio da separação dos resíduos em apenas dois recipientes: um de materiais recicláveis e um de orgânicos e demais resíduos. "O programa de coleta seletiva que inauguraremos aumentará a renda e dignificará o trabalho dos catadores", disse Iris. O programa, que está sendo implantado gradualmente e se estenderá a todos os bairros da capital, começou com um projeto piloto no bairro Jardim América, o primeiro beneficiário das ações de coleta seletiva. O setor recebe uma rota exclusiva de um caminhão de recolhimento, pontos de entrega voluntária, além de equipes de educação ambiental, orientadas pela Amma.
A Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) disponibilizou cinco caminhões que recolhem todo o material reciclável. A população pode utilizar, também, como alternativa de descarte, os ‘Pontos de Entrega Voluntária’ (PEVs), localizados em qualquer escola municipal e em algumas empresas. Inicialmente foram implantados 150 unidades de PEVs. O objetivo é incentivar a educação ambiental e em troca a administração municipal coletará os materiais recicláveis e providenciará um destino correto aos mesmos. Dados da Comurg apontam que das 34 mil toneladas de lixo produzidas pela Capital todos os meses, cerca de 30% podem ser reciclados.
Homenagem - Além da assinatura do acordo de cooperação entre a prefeitura de Goiânia e o programa Reciclanip, foi inaugurado na manhã de hoje o auditório da Agência, cujo nome homenageia o ambientalista Leolídio di Ramos Caiado. Antes de descerrar a placa, o prefeito de Goiânia lembrou a importante trajetória do cidadão, falecido no dia 10 de junho do ano passado, e adiantou que um parque da cidade também levará o nome de Leolídio.
"É a homenagem de Goiânia a um homem que fez a diferença. Um apaixonado pela natureza. Defensor intransigente mesmo quando pouca se preocupava com o meio ambiente", afirmou na presença da viúva do ambientalista, Silvia Caiado. "Era um ambientalista de resultados. Nada mais justo que homenageá-lo com um ato concreto", completou Clarismino. O auditório temcapacidade para 125 pessoas em um espaço de 152.44 m2. Leolídio nasceu na Cidade de Goiás, no dia 27 de julho de 1921, e participou das expedições Roncador - Xingu e Hermano Ribeiro.

sábado, 18 de junho de 2011

Cultura da reciclagem




Reportagem de Cidades (outubro de 2006) revelou que apenas 6% dos municípios brasileiros já implantaram a coleta seletiva de lixo, totalizando 327 cidades das 5.561 em todo o País. Segundo a pesquisa Ciclosoft 2006 do Compromisso Empresarial pela Reciclagem (Cempre), somente cinco localidades atendem 100% de suas populações com a coleta seletiva, sendo que, ao todo, 25 milhões de pessoas beneficiam-se do serviço no Brasil.

Os números fazem da coleta seletiva um luxo no País, mas, levando-se em conta a quantidade de recicláveis depositados em aterros sanitários e jogados na natureza todos os dias, esse luxo torna-se essencial para o meio ambiente. Em Goiânia, por exemplo, município de 1,2 milhão de habitantes, a prefeitura local está começando em ‘casa’, dentro de suas secretarias e residências locais, um processo que pode espalhar a cultura da reciclagem na cidade.

Atualmente, a prefeitura recolhe cerca de 15 toneladas de lixo seco por dia, envolvendo mais de 20 secretarias e órgãos municipais, além de bairros do município, onde a coleta seletiva beneficia o morador que junte 5 kg ou mais de recicláveis em sua residência. O recolhimento do material nos bairros é feito duas vezes por semana, por três caminhões coletores da prefeitura, após o próprio morador chamar o serviço de coleta, por meio do telefone 3524-8590, da Companhia Municipal de Urbanização de Goiânia (Comurg).

Da rua para a cooperativa
Com 1,1 tonelada de lixo e resíduos urbanos gerados por dia, sendo 300 toneladas de recicláveis, a implantação do sistema de coleta seletiva em Goiânia possui outro objetivo: promover a inclusão social de pessoas que vivem como catadores de lixo em ruas e avenidas da cidade. Segundo o presidente da Comurg, Wagner de Siqueira, o município possui cerca de três mil pessoas vivendo nesta situação, "gente que pode se organizar em sistema de cooperativa."

Wagner lembra que todo o lixo reciclável colhido pela prefeitura é doado para as instituições, reforçando a atividade dos cooperados: "Cerca de 30% do lixo e resíduos produzidos em Goiânia podem ser reciclados, o que abre espaço para a criação de várias entidades para a reciclagem, juntando-se as quatro cooperativas e associações em operação na cidade."

Educação ambiental
Para a transformação da população goianiense em geradora de recicláveis, Wagner ressalta que as crianças e adolescentes são essenciais no processo, lembrando que "a disciplina Educação Ambiental está na grade curricular das escolas municipais da Capital, onde funcionam 375 pontos de recolhimento do lixo reciclável." Além disso, assinala Wagner, 12 Postos de Entrega Voluntária (PEV) estão instalados na cidade.

O presidente da Comurg explica que o recolhimento de recicláveis desafoga o Aterro Sanitário de Goiânia, que, "do jeito que está, tem apenas dois anos de vida útil". Tempo que Wagner acha suficiente para a realização das obras de expansão da área, "projetando para mais 30 anos a utilização do espaço de 451 mil m2² na Rodovia GO-060, saída para Trindade". Segundo Wagner, os serviços estão contemplados no Plano Diretor de Goiânia e devem ser iniciados ainda este ano, e finalizados no ano que vem.

Seleção de primeira
Anápolis é a terceira maior cidade de Goiás (313 mil habitantes), mas largou na frente no Estado, colhendo o lixo reciclável, de casa em casa. Desde setembro do ano passado, o projeto de seleção e coleta do lixo no município funciona a todo vapor, capitaneado pelo trabalho da Associação dos Gestores da Coleta Seletiva de Lixo de Anápolis (Agecosa).

Sesenta ex-catadores de lixo do Aterro Sanitário da cidade (conhecido como lixão) estão transformando o lixo produzido em domicílios e empresas numa ‘preciosidade’. Atualmente, nove bairros anapolinos recebem o novo serviço de coleta, onde são produzidas 27 mil toneladas de recicláveis, por mês, em cinco mil residências (7% da população) integradas ao projeto.

Segundo dados da Prefeitura de Anápolis, o sistema permitiu economia média de R$ 45 mil (poupança de 6%) no valor pago pela coleta terceirizada de lixo da cidade, por mês. Até o final deste ano, a prefeitura prevê a coleta de 40% dos recicláveis produzidos na cidade, com entrada em funcionamento de outras associações para a coleta seletiva do lixo. 

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Cooperativa de reciclagem gera renda e cidadania em Goiânia (GO)

Cooperativa de reciclagem gera renda e cidadania em Goiânia (GO)
Sebrae em Goiás firma parceria para ampliar produção e comercialização de artesanato ecologicamente correto
Ênio Tavares
A produção da Telha de papel chega a 15 mil peças mês
Ênio Tavares
Ênio Tavares
A Cooprec recolhe materiais recicláveis em domicílios de 10 bairros da capital
Ênio Tavares
Ênio Tavares
O artesanato é outro produto que começa a ser explorado
Patrícia Masan - Goiânia
Pelo quinto ano consecutivo, o Brasil permanece na liderança do ranking mundial de reciclagem de latas de alumínio. Em 2005, foram reaproveitadas 96,2% das latas usadas e o país atingiu a marca de 127,6 mil toneladas de latas recicladas por ano, de acordo com dados divulgado pela Associação Brasileira de Alumínio (Abal) e pela Associação Brasileira dos Fabricantes de Latas de Alta Reciclabilidade (Abralatas). Coleta Seletiva, Cooperativas e Reciclagem são assuntos cada vez mais discutidos pela sociedades modernas. Entretanto, sabe-se que, na verdade, não se trata apenas de conscientização ambiental, mas também, de uma outra realidade: a reciclagem do lixo tornou-se uma ferramenta de inclusão social no processo de geração de emprego e renda que alavanca uma série de negócios.
O Brasil nos últimos anos desenvolveu know-how nestas áreas e possui inúmeras experiências de sucesso. A exemplo, em Goiânia (GO), a Cooperativa de Reciclagem de Lixo (Cooprec) recolhe materiais recicláveis (vidro, plástico, papel e metal) em domicílios de 10 bairros da capital e em centros de coletas (empresas, universidades, condomínios residenciais, hospitais, escolas e shopping) para transformar, o lixo, em produtos comercializáveis. “Fabricamos telhas de papel, papelão, grânulos a partir de plásticos, artesanato, entre outros. Atualmente este trabalho beneficia 38 cooperados, já que todo o lucro é rateado. A renda é de acordo com a produção, mas em média, cada um recebe R$ 350,00 por mês”, explica Laide da Silva Oliveira, diretora financeira.
Dentre os produtos mais rentáveis estão a telha de papel e os grânulos de plástico.  “A produção da telha ocorre na época da seca. Chegamos a produzir 15 mil peças mês. Já a produção de grânulos cresce no tempo chuvoso. A média é de 5 toneladas mês”, revela a empreendedora. A ‘usina’ funciona como laboratório de pesquisa para universidades e escolas e recebe cerca de 2.500 alunos visitantes. Segundo Laide, o trabalho de coleta seletiva funciona porque recebe apoio da comunidade. “Uma equipe de educadores ambientais visitam, em média, 2.500 residências por ano. Os moradores ganham sacolas apropriadas para fazer separação dos materiais. É o saco permanente. O caminhão que passa fazendo a coleta é identificado por meio de uma música”, diz.
Ecoempreendedorismo
Dentre os vários segmentos empresariais em que o País atua, empreendimentos ligados às questões ambientais ganham cada vez mais destaque. De acordo com Cláudio Laval, consultor do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae em Goiás), empresários e empreendedores voltados ao mercado de reciclagem tem diversos campos para explorar. “O que é um ponto fraco da sociedade moderna, como a poluição de solos e rios, transforma-se num ponto forte para o empreendedor de visão. Acredito em soluções regionalizadas e principalmente na criatividade”, afirma. Seguindo este princípio, o Sebrae em Goiás, em parceria com a Cooprec, inicia no próximo mês, um cursos para linha de produção de artesanato.
Histórico
A Cooprec surgiu em 1998 fomentada pela Universidade Católica de Goiás (UCG). O projeto tem como objetivos promover a educação ambiental, a coleta seletiva de lixo, sua reciclagem e gerar renda para os cooperados, proporcionando melhores condições de vida para a comunidade da região leste de Goiânia.
Serviço:
Cooperativa de Reciclagem de Lixo (Cooprec): (62) 3208-4350
Trav. Xingú, s/n – Jardim Conquista – Goiânia (GO)
E-mail: cooprec@yahoo.com.br
Unidade de Marketing e Comunicação
Agência Sebrae de Notícias (ASN Goiás): (62) 3250-2268